sábado, abril 22, 2006

"lua"


A noite revela a lua
A sombra do sentir
Que some no meio do vácuo
Lembrança sem fim

Tua luz ilumina o infinito
Um minuto de sua presença
Valeria um milhão de século

Maravilhoso e proibido
Onde está este deserto sutil
Ou o mar distante solto em vão

Sentindo que era capaz
Um desejo percorre
O poder de se ver
Que seja mais alto que o grito

Na certeza do amanhã
Seu brilho tão esperado
Os momentos contemplados

Hoje mais que ontem
Sabemos o que não fomos

É por isso que adormeço
No amanhecer
Como a noite engole o dia
É impossível se ver

Como num fio de luz
Ve beleza, brilho e tristeza
Como o vento bate no rosto
E não nos pertence

Luminosidade viva que vibra
Divina que se refaz todos os dias

Realiza desejos alheios
Que feitiço dos deuses
Não lhe ver e não lhe tocar



AUTORA: SELMA (Mittcha) 19/04/006